Guaçuí recebe reunião de mobilização do Programa Reflorestar

O Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Seama) e Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, realizou uma reunião de mobilização do Programa Reflorestar, em Guaçuí, na tarde desta quarta-feira (27). A reunião aconteceu no auditório da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Guaçuí (Acisg), e contou com a presença do secretário estadual de Meio Ambiente, Aladim Cerqueira e do subsecretário de Articulação Regional, Luiz Moulin, além da prefeita de Guaçuí Vera Costa.

Produtores da região do Caparaó, principalmente de Guaçuí, receberam informações sobre o programa tem como objetivo promover a restauração do ciclo hidrológico por meio da conservação e recuperação da cobertura florestal, com geração de oportunidades e renda para o produtor rural, estimulando a adoção de práticas de uso sustentável dos solos. A meta é a recuperação de 80 mil hectares até 2018 por meio da restauração e conservação da vegetação nativa, além de evitar novos desmatamentos e promover arranjos florestais de uso sustentáveis, conforme previsto pelo Governo do Estado no Planejamento Estratégico 2015/2018.

O secretário Aladim Cerqueira apresentou, aos produtores, justamente as oportunidades para geração de renda que o programa oferece, com as várias possibilidades de manejos das reservas de matas nativas e de florestas manejadas, consorciadas com a produção agroflorestal e outras opções. “Nosso objetivo é apresentar modelos que sejam favoráveis para os produtores e também para a natureza”, disse, destacando como a floresta pode ser aproveitada economicamente, sem precisar ser desmatada para isso. Ele também apresentou os dois consultores que ficarão à disposição para orientar e fazer o cadastro dos produtores interessados a participar do Reflorestar.

Um cadastro é feito, sem compromisso, que permite a visita do consultor às propriedades para uma melhor avaliação e esclarecimento de dúvidas. Pode participar todo proprietário de área rural (com prioridade para o pequeno produtor rural) que destina ou queira destinar parte de sua propriedade para fins de preservação do meio ambiente ou para práticas rurais sustentáveis.

Este é o caso do produtor rural Nilson Rossi, da comunidade de São Felipe, em Guaçuí, que já tem a experiência de participar do programa. Ele disse que o Reflorestar é uma realidade e que já está colhendo os frutos. “Fiz o reflorestamento por minha conta, na minha propriedade, e já vou receber pela mata que tenho preservada”, contou.

A prefeita Vera Costa ressaltou que é preciso recuperar as nascentes do município e da região. “Mas isso não é possível se não fizermos o reflorestamento”, destacou. “E a parceria com o governo é essencial para isso e sabemos da preocupação que o governador Paulo Hartung tem com nossa região”, afirmou s prefeita, dizendo acreditar que, em curto, médio e longo prazo vai ser possível recuperar grande parte da cobertura florestal. “Não vivemos sem água, porque água é vida, por isso, quando plantamos uma árvore, estamos plantando vida”, completou.

 

Integração

O subsecretário de Articulação Regional, o ex-prefeito de Guaçuí, Luiz Moulin, destacou a importância da região do Caparaó para o desenvolvimento econômico de todo o Espírito Santo e até de outros estados. Depois de afirmar que o governador Paulo hartung pretende fazer investimentos na região, num total de R$ 1 bilhão, ele destacou que investimentos milionários, feitos em outras regiões, dependem da água que nasce na região do Caparaó e suas bacias. “Água está em extinção no planeta e nossa região ainda tem essa riqueza” afirmou, colocando que o programa Reflorestar vem ser parceira do produtor rural, que tem “a missão divina de plantar e colher, mas tem que cuidar da água. “E vai receber do Estado para fazer isso”, completou.

Também estava presente o diretor da Acisg, Rodrigo Simões, que disse ter ficado encantado com o programa Reflorestar, destacando o potencial econômico da agricultura de Guaçuí e região. Também estavam presentes os vereadores Marcos do Goes, Laudinho e Valmir Santiago, além dos secretários municipais de Agricultura, Edielson Rodrigues, e de Meio Ambiente, Roberto Martins, representantes da Polícia Militar Ambiental e produtores rurais.

 

Quais os benefícios do Reflorestar?

Entre os benefícios aos participantes, estão:

O Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) em reconhecimento aos benefícios gerados pela floresta nativa conservada ou em recuperação;

Apoio financeiro, na forma de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), para auxiliar na aquisição de insumos (mudas, material para cercamento, adubo e outros) necessários para o plantio de novas áreas com florestas;

 

Modalidades de apoio oferecidas pelo Programa

Floresta em Pé: Pagamento por florestas conservadas e elegíveis para essa modalidade, podendo ser reconhecidos para fins de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) até 10 hectares por propriedade rural;

Regeneração Natural: Aquisição de insumos necessários ao isolamento de uma área para que ocorra a sua recuperação natural, e Pagamento pelos Serviços Ambientais (PSA) gerados;

Recuperação com Plantio: Aquisição de insumos necessários para o plantio de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica e Pagamento pelos Serviços Ambientais;

Sistemas Agroflorestais: Aquisição de insumos necessários para implantação de sistemas que combinam espécies florestais com culturas agrícolas como café, cacau, palmito, banana, dentre outras;

Sistemas Silvipastoris: Aquisição de insumos necessários para implantação de sistemas que combinam árvores com pastagens;

Floresta Manejada: Aquisição de insumos necessários para implantação de culturas florestais para o manejo florestal (sem corte raso).

 

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