Reunião sobre Segurança Pública realizada em São Pedro de Rates

Diante de uma solicitação da comunidade, a Prefeitura de Guaçuí, em parceria com a Polícia Militar e Polícia Civil, realizou uma reunião, na noite de quinta-feira (26), no distrito de São Pedro de Rates, para tratar sobre segurança pública. A reunião, que aconteceu no Ponto de Apoio de Assistência Social do distrito, contou com a presença de autoridades, entre estas, a prefeita Vera Costa, o vice-prefeito Miguel Riva, o comandante da Companhia da Polícia Militar de Guaçuí, capitão Wanner, e o delegado José Maria.

A reunião contou também com a motivação e participação do vereador Zé Ruim, que é morador do distrito e levou, para as autoridades, alguns dos questionamentos da comunidade, a qual reclama de falta de segurança e policiamento no distrito. Contudo, ele colocou que, antes de chamar a polícia, é preciso que os moradores busquem o bom convívio e se respeitem, salientando que os problemas de furtos diminuíram na localidade. “Temos que respeitar uns aos outros e vou ficar feliz o dia em que a polícia falar qua nada acontece em São Pedro de Rates”, afirmou.

Uma das motivações da reunião foi uma ocorrência atendida pela Polícia Militar por causa de som automotivo alto, que resultou na resistência de algumas pessoas e levou uma ação mais enérgica dos PMs. Isso acabou gerando protestos de envolvidos. E o vice-prefeito Miguel Riva foi um dos que foi procurado para a realização da reunião. “Estamos com problemas de segurança em toda a zona rural, mas a polícia não tem efetivo suficiente e ficamos refèns de meia dúzia de pessoas que fazem vandalismo”, disse. “Por isso, temos que unir forças para inibir quem atrapalha a vida das pessoas de bem que vivem neste lugar tão bonito”, completou.

Outros vereadores estiveram presentes, como Marcos do Goes, que também colocou que falta efetivo para a polícia até na capital Vitória e falou sobre policiamento compartilhado, com a participação da comunidade, dando informações para as autoridades. Já o vereador Laudinho falou sobre a necessidade de haver policiais que conheçam a comunidade para evitar problemas como o ocorrido em São Pedro.

O presidente da Câmara, vereador Paulinho do Vitalino, também acentuou que a Polícia Militar não tem condições de realizar o trabalho que deseja, por causa da falta de efetivo. “E quando prende, o cara é solto logo”, disse. “A realidade é complicada e não tem como a polícia fazer o trabalho do jeito que quer, por isso, também tem que haver respeito entre os moradores, porque o meu direito termina quando começa o do outro”, complementou.

Neste sentido, a prefeita Vera Costa destacou que todos sabem dos problemas de falta de efetivo da Polícia Militar e Civil e que é preciso pensar “em que podemos fazer para ajudar a polícia”. “Sabemos dos problemas enfrentados pela polícia para realizar seu trabalho e, por isso, o que podemos fazer é um trabalho compartilhado, com todos ajudando, para melhorarmos ainda mais esse querido distrito”, afirmou. E lembrou que segurança pública é um dever do Estado. “E o município não pode, não tem como assumir essa responsabilidade, até porque já passaram muitas coisas para os municípios, mas o dinheiro para cuidar disso não vem na mesma proporção do serviço repassado”, completou.

 

Polícia

Por sua vez, o comandante da Polícia Militar de Guaçuí, capitão Wanner, colocou que, antes de chamar a polícia, é preciso que os moradores tentem construir uma relação de gentileza entre eles, para que pequenos problemas possam ser resolvidos e a ação policial apenas aconteça em situação de extrema necessidade. “Se a polícia vem aqui para atender casos de som alto e descarga aberta de moto pode solucionar no momento, mas não vai dar jeito na situação que pode voltar a se repetir”, explicou. E explicou ainda a diferença entre ligar para o 190 e o 181. “Quando um fato grave que atenta contra a segurança ou até mesmo a vida de alguém está acontecendo naquele momento, a pessoa deve ligar para o 190, para acionar a Polícia Militar, mas se é um caso rotineiro, que vem se repetindo, ou uma atitude suspeita, uma violência doméstica, a pessoa deve ligar para 181, onde não há necessidade de se identificar, para que o caso seja investigado”, esclareceu.

E também falando sobre a necessidade de participação da comunidade, o delegado  José Maria colocou que, no caso da Polícia Civil, que tem um efetivo ainda mais reduzido, é preciso traçar prioridades. Ele colocou que a comunidade de São Pedro de Rates é receptiva e que a boa convivência entre os moradores deve ser tentada. “Somente, quando isso realmente não é possível, é que a Polícia Militar e Polícia Civil vão agir”, disse. “E se a violência é contra o policial, ele tem que reagir”, completou. “E sobre o 181, é importante que a pessoa passe as informações corretas e verídicas, para não atrapalhar o trabalho policial, mas ainda é pouco usada por aqui”, ressaltou.

As autoridades presentes também ouviram algumas colocações e responderam a questionamentos dos membros da comunidade que estavam presentes. E todos voltaram a se colocar à disposição da população para solucionar os problemas apresentados.

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